Área: Doenças Intestinais funcionais e Doença Diverticular dos cólons
Categoria: Estudo clínico randomizado
Forma de Apresentação: Tema Livre (apresentação oral)
Objetivo(s): Testar a hipótese de que o uso de TENS parassacral no tratamento inicial de crianças e adolescentes com Disfunção vésico‐intestinal (DVI) está associado a melhora do quadro clínico, bem como analisar a associação entre o diâmetro transverso do reto pré‐tratamento e resposta clínica pós‐intervenção.
Método: Ensaio clínico randomizado com crianças e adolescentes com DVI. A amostra foi dividida em dois grupos: um grupo de tratamento com orientação dietética/comportamental (uroterapia)+eletroterapia escapular‐sham (GU) e um grupo de tratamento com orientação dietética/comportamental+uroterapia+TENS parassacral (GT). Na avaliação dos sintomas urinários e CF pré/pós intervenção foram utilizados o Dysfunctional Voiding score System (DVSS) e os critérios de Roma IV, respectivamente. O diâmetro transverso do reto foi medido através de ultrassonografia pélvica.
Resultados: Foram estudados 23pacientes, sendo 13pacientes no grupo controle (GU) e 10 pacientes no grupo tratamento (GT) com idade média de 9.0±2.7anos. A média do diâmetro retal foi de 3,2±0,9cm. Ambos os grupos evidenciaram melhora no DVSS após as intervenções (GC‐ 12.0, IQ10.0‐16.5 X 6.0, IQ 2.0‐10.0, p<0.01; GT 15.5, IQ 8.0‐18.25 X 4.5, IQ 0.75‐10.5, p<0.01), entretanto, não houve diferença na avaliação intergrupos(p=0.69). O GT apresentou melhora significante da constipação quando comparado ao GC (80% X 30.8%, p=0.03). Não houve associação entre a medida do diâmetro retal pré‐tratamento e a melhora da constipação (p=0.79) ou do DVSS (p=0.15).
Conclusão(ões): O TENS parassacral associado a uroterapia melhoram a CF de crianças e adolescentes com DVI. Por sua vez, os sintomas miccionais, apesar da melhora com o TENS, não diferiu da melhora observada com uroterapia isolada. O diâmetro retal pré‐tratamento não influenciou na resposta clínica pós‐intervenção.