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Vol. 39. Issue S1.
Pages 225 (November 2019)
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VAAFT COMO TRATAMENTO PARA FÍSTULA ANAL COMPLEXA
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M.C.R. Araújo1, A.G. Marques1, M.R. da Costa1, T.C. Maia1, N.F. Rodrigues1, C.V.V.N. Diógenes1, R.D. Escalante1, C.R.S. Mendes2
1 Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza, CE, Brasil
2 Hospital Santa Izabel, Salvador, BA, Brasil
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Área Cirurgia Minimamente Invasiva, Novas técnicas cirúrgicas/Avanços Tecnológicos em Cirurgia Colorretal e Pélvicas e Anorretais

Categoria Pesquisa básica

Forma de Apresentação Vídeo Livre

Objetivo(s) Uso do Video Assisted Anal Fistula Treatment (VAAFT) como tratamento satisfatório de fístulas anal complexas.

Descrição da técnica VAAFT é um procedimento minimamente invasivo para o tratamento de fístulas anorretais. O kit consiste em um fistuloscópio, um eletrodo monopolar, uma escova e uma pinça endoscópica. A técnica compreende duas fases: diagnóstica e terapêutica. O paciente é colocado em posição de litotomia após raquianestesia, e o fistuloscópio é introduzido no trato da fístula a partir do orifício externo (OE), e o orifício interno (OI) é identificado juntamente com qualquer trajeto secundário ou cavidades de abscessos, este dispositivo está equipado com duas torneiras, estando uma delas ligada a uma solução de lavagem de glicina a 1,5% ou manitol a 1%. Após, a fase de tratamento se dá através da fulguração dos trajetos primários e secundários da fístula, e removendo todos os detritos necróticos usando a escova com irrigação contínua. O tratamento do OI é etapa fundamental com a utilização de sutura, avanço de retalho ou grampeadores.

Discussão A técnica utilizada neste relato, foi em um paciente de 23 anos, sexo masculino, avaliado ambulatoriamente no serviço de coloproctologia do Hospital Universitário Walter Cantídio, com quadro de dor e saída de secreção purulenta e fecaloide, através de orifício fistuloso externo (OE) às 7h, 7cm da borda anal ao exame físico, no qual apresentava ressonância pélvica demonstrando trajeto fistuloso de 12,5cm com orifício interno no terço retal distal. Foi submetido ao VAAFT em janeiro de 2019, com tentativa de retalho mucoso por Transanal Endoscopic Operations (TEO) para tratamento de orifício interno, sem sucesso, procedimento finalizado sem intercorrências, com alta no 1° dia pós operatório. Durante avaliação no 4° mês de pós operatório, paciente retornou sem queixas, com OE cicatrizado, e melhor qualidade de vida. Fístulas anais complexas, como do caso em questão, exigem métodos mais aprimorados para o tratamento com o objetivo de preservar os esfíncteres anais. O valor do VAAFT é demonstrado quando inclui a capacidade de visualizar a fístula do interior para que possa ser erradicado sob visão direta, que permite o cirurgião identificar o orifício interno da fístula e quaisquer extensões secundárias do trato primário, além disso é um procedimento sem trauma direto aos esfíncteres anais.

Conclusão De acordo com o resultado satisfatório do caso apresentado, O VAAFT demonstrou ser uma ferramenta de diagnóstico eficaz e um método promissor e seguro para o tratamento de fístula anal alta, entretanto, deve‐se manter acompanhamento ambulatorial a longo prazo com novas reavaliações.

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Journal of Coloproctology
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