Área: Miscelâneas
Categoria: Pesquisa básica
Forma de Apresentação: Vídeo Livre
Objetivo(s): Demonstrar a técnica cirúrgica para tratamento de fístula retovaginal associada a doença de Crohn por acesso perineal.
Descrição da técnica: Paciente de 39 anos, portadora de doença de Crohn colônica e fistulizante perianal desde 2017, em uso de Infliximabe 4 frascos de 8 em 8 semanas. Apresentava bom controle da doença, sem atividade inflamatória clínica e endoscópica. A paciente apresentava fístula retovaginal há mais de 2 anos. Submetida a reparo do trajeto fistuloso, curetagem do trajeto e avanço de retalho mucoso (2017, 2018 e 2019, respectivamente), sem sucesso. Havia orifício interno anterior direito na linha pectínea, orifício externo anterior direito, a 4cm da margem anal e que se comunicava com orifício anterior no intróito vaginal. Associado, retocele grau III. A abordagem cirúrgica foi realizada 4 semanas após infusão de Infliximabe. Realizada incisão transperineal e dissecção no septo retovaginal até encontrar o trajeto fistuloso fibrótico, que foi ligado e desconectado. Após, realizada dissecção no septo retovaginal até visibilização da gordura pré‐peritoneal do fundo de saco posterior. Foi realizada aproximação da fáscia puborretal e aproximação da musculatura do transverso do períneo. A cúpula vaginal foi fixada ao ligamento sacrotuberoso bilateralmente. A paciente apresentou boa evolução pós‐operatória. Acompanhamento de 4 meses sem recidiva da fístula.
Discussão e Conclusão(ões): As fístulas retovaginais associadas às doenças inflamatórias intestinais são de difícil tratamento, com recidivas frequentes e precoces. No caso apresentado a reconstrução perineal permitiu tratar, de forma bem sucedida, fístula retovaginal complexa. A abordagem cirúrgica perineal é boa opção para casos em que outras técnicas falharam.